Orientações para quem pretende colocar ou já tem prótese de silicone
07/02/2011 10:51
MASTOLOGISTA DÁ ORIENTAÇÕES PARA QUEM PRETENDE COLOCAR OU JÁ TEM PRÓTESE DE SILICONE. |
Colocar um implante de silicone já deixou de ser um sonho distante para muitas brasileiras. A popularização da cirurgia e as facilidades de pagamento abriram a possibilidade para um grande número de mulheres. Hoje, depois dos Estados Unidos, o Brasil é o país onde mais se realizam cirurgias desse tipo, com cerca de 30 mil casos por ano. Mas, mesmo sendo uma cirurgia simples, alguns cuidados devem ser tomados antes e depois da colocação de próteses. O mastologista Rodrigo Campos Christo, do Hospital e Maternidade Vera Cruz Contorno, dá algumas orientações para quem pretende se submeter ao procedimento. |
“A primeira coisa que a mulher deve fazer é procurar um mastologista, para realizar uma avaliação completa”, diz o especialista. O médico vai examinar as mamas e solicitar uma mamografia e/ou um ultra-som mamário. Esses exames vão mostrar se há alguma lesão não palpável de aspecto benigno ou com suspeita de malignidade. “Caso seja diagnosticado algum problema, devemos tratá-lo antes da colocação das próteses”, ressalta Christo. Caso não haja nenhuma alteração, a paciente está liberada para cirurgia. |
Na maioria dos casos, o acompanhamento clínico de pacientes com implantes mamários é o mesmo para mulheres sem próteses. No entanto, atenção especial deve ser dada à interpretação das mamografias, já que as próteses comprimem a glândula contra a pele, dificultando a visualização e detecção de pequenas alterações. |
Para mulheres com alto risco de câncer de mama, o mastologista faz um alerta. “Essas pacientes devem estar cientes das dificuldades que um implante poderá promover em seu acompanhamento clínico e radiológico. A prótese não causa nem favorece o aparecimento da doença, mas pode dificultar a visualização de alterações nos exames, atrasando o diagnóstico e tratamento”, destaca. Nesses casos, é necessário que a paciente e o médico fiquem atentos a qualquer tipo de alteração, inclusive porque a prótese interfere na sensibilidade da mulher durante o auto-exame. |
Outro problema que ainda persiste, mesmo com a evolução dos materiais usados nos implantes, é a diminuição da resistência das próteses com o passar dos anos. Por isso, é aconselhável a substituição das mesmas a cada oito ou dez anos. Os exames mais comuns para detectar rupturas são a mamografia e o ultra-som. No entanto, um novo exame, a Ressonância Nuclear Magnética das mamas consegue detectar problemas na prótese e nas mamas de difícil avaliação com mais precisão. Mesmo sendo um procedimento novo, ele já está disponível em Belo Horizonte. “É muito importante que a mulher faça esse acompanhamento das próteses. Quando ocorre uma perfuração, o silicone pode extravazar pelo tecido mamário e se alojar em outras regiões, causando problemas sérios”, alerta o mastologista. Pela mesma razão, o especialista reforça o conselho dos cirurgiões para que a mulher nunca recorra a pessoas não especializadas para os implantes. “Já vimos muitos casos de pacientes que utilizam injeções de parafina ou silicone livre nas mamas. Esses materiais causam sérios danos ao organismo, podendo levar a graves problemas à mulher”, afirma. |
Saúde News Journal
———
Voltar