MEDOS & INSEGURANÇAS:

01/08/2010 15:40

 

Não há regras fixas: algumas mães mostram-se extremamente positivas em relação às transformações, procurando a melhor maneira para passar por esse período de mudanças contínuas da melhor forma possível, enquanto outras mulheres sentem-se perdidas e inseguras. Essas reações também estão muito ligadas a personalidade de cada pessoa e a forma como ela normalmente reage diante de situações novas.

Precisa-se também, levar em conta inúmeros fatores, entre os quais se destaca o fato do bebê ser ou não desejado e as preocupações da mãe diante a gravidez. Os medos mais comuns são: 

  • Meu filho será normal?

  • Irei sobreviver/agüentar o parto? 

  • Saberei cuidar de meu filho?

  • Meu marido deixará de gostar de mim?

  • O que mudará em minha vida?

Uma grande parte das mulheres descobre que a gestação é um período de muita alegria, mas mesmo as mais realizadas e felizes podem ter seus momentos de muita ansiedade e depressão sem ter uma causa aparente.

É importante que você entenda que essas alterações são normais e esperadas.  

A mal-formação do feto é um medo justificável em algumas situações: consangüinidade sangüínea do casal, antecedentes de problemas na família, gestante com mais de 35 anos ou usuários de determinados medicamentos.

Para se tranqüilizar, é preciso ponderar com o médico sobre os riscos e as vantagens de alguns exames de medicina fetal. Embora menos preciso, o chamado teste triplo, que é um exame de sangue comum, e o ultra-som com translucência nucal, conseguem dar indícios de síndromes genéticas. Outros, de resultados mais exatos, envolvem risco de aborto e só se justificam quando há motivos para fortes suspeitas de malformação. O mais conhecido é a amniocentese, mas há também a biópsia de placenta para análise de vilo corial e a cordocentese.

Realizados em diferentes fases da gestação, todos eles analisam material genético do feto ou da placenta e são considerados invasivos, pois coletam amostras diretamente no líquido amniótico, na placenta ou no cordão umbilical.

COBRANÇAS

É a sociedade que deseja sua própria sobrevivência e cobra do casal a função de pai.

A mulher ainda tem que batalhar muito para quebrar o paradigma, o modelo existente desde os tempos mais remotos onde tem a função de ser a esposa, a mãe e a dona de casa.

Apesar de ter conquistado ao longo dos anos o seu lugar no mercado de trabalho, ainda é dela a função da casa e do bem-estar da família. Não há como fazer tantas coisas sem sacrificar uma das partes e isso traz sofrimento e culpa, que se não forem muito bem trabalhados em nosso interior, não valerão todo o esforço por ter conseguido um lugar ao sol, com todas as realizações e glórias alcançadas.

Além disso, os meios de comunicação “vendem” uma imagem distorcida da maternidade, como se tudo fosse só feito de momentos mágicos e alegres. Os problemas, as mudanças e as dificuldades não são mostrados.

A gravidez é envolta em um manto cor-de-rosa. O filho só estimularia um estado de onipotência e esperança sugerindo algo sempre perfeito. Tudo isso deixa pouco espaço para que a mulher se permita ter outros sentimentos como angústia, medo e insegurança, pois não era essa a imagem que ela tinha em sua cabeça e mais uma vez ela vai se sentir culpada, sem ter culpa alguma.

Esses sentimentos não significam rejeição ao bebê. Mesmo nas mais desejadas das gestações, haverá os momentos de vivenciar esses sentimentos ambivalentes.

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